Aconteceu dia 29 de Abril em São Paulo o primeiro torneio oficial da GW aqui no Brasil desde os últimos anos e fiquei muito feliz de participar e ver o tamanho do evento! Faturei o prêmio de "Vencedor Geral do Torneio" e "Jogador mais Esportivo" no Throne of Skulls, sendo que o prêmio de vencedor geral combina a pontuação de esportividade e pintura ao resultado dos jogos, me garantindo o troféu mesmo não indo tão bem assim nas partidas de fato. (O vencedor por pontos foi o Ricardo).
Logo pela manhã eu cheguei e pude acompanhar o pessoal da organização transformar a Omniverse em uma loja da Games Workshop!
Pude ver muitos produtos expostos e o pessoal tendo aulas de pintura, jogos introdutórios de Warhammer com o conteúdo do First Strike, Betrayal at Calth e Shadespire. Também rolou o dia todo o torneio Throne of Skulls.
Throne of Skulls - Preparação
Minha lista consistia de muita infantaria e uma unidade de Destroyers para causar a maior parte do dano. Como meu Warlord fazia as tropas passarem automaticamente nos testes de moral, seria bastante difícil de deslocar-los de objetivos.
Jogo 1 - Necrons vs Necrons
Joguei contra os Necrons do Lucas Massa (https://www.facebook.com/thelordoftheminiatures/) que usava uma lista similar à minha, mas com mais mobilidade pela Dinastia Sautekh.
Joguei na mesa 5 – Urbana – uma mesa com amplas linhas de tiro. Haviam dois objetivos que valeriam 3 pontos ao final do jogo. A estratégia de meu oponente era similar à minha, mas com muito mais peso de infantarias.
Eu ganhei a iniciativa, mas minha unidade de Destroyers falhou em destruir 10 Immortals em Cover, com um único sobrevivente. Para piorar, meu oponente conseguiu reanimar 8 (!!!) dos nove Immortals mortos, reduzindo meu dano causado na rodada a quase nada.
Para piorar, rolei muito mal nos saves dos meus próprios Destroyers que foram erradicados no final da primeira rodada inimiga. Dali em diante foi uma dura batalha de controle de território onde minha infantaria Necron (que lutava melhor graças à capacidade de re-rolar wounds por conta do Lorde) iam cavando espaço na direção do objetivo inimigo.
Não ajudou que o Warlord Inimigo, Illuminor Szeras, conseguiu rolar os upgrades perfeitos para cada uma das tropas: +1BS nos Immortals, +1T nos Warriors que estavam em combate, salvando a unidade de maiores danos.
Em uma rodada decisiva eu avancei meus dois HQs por cima do combate, conseguindo atirar o Solar Staff e o Staff of Light no Warlord inimigo. Com o uso de um command re-roll para o save de 5+, no entando, o Warlord inimigo sobreviveu com uma única Wound, possibilitando que ele, então, revidasse e matasse o meu Warlord na retaliação.
Na rodada final o fogo concentrado dos Warriors inimigos reduziram o número das minhas tropas que haviam capturado o objetivo dele, garantindo a minha derrota.
MvP: Definitivamente a unidade de 10x Immortals engajada em combate, que segurou e eventualmente sobrepujou a grande unidade inimiga, mas não foi capaz de terminar o serviço depois que os mesmos ganharam +1T.
Momento memorável: O avanço dos meus dois HQs em uma missão para assassinar o Szeras (que não tem save invulnerável). Caso tivesse ocorrido teria negado o upgrade de +1T que selou o destino dos Immortals como teria me garantido o suporte do Cryptek e Lord por mais tempo.
Lição aprendida na partida: Ao lutar contra Necrons, deve-se ter certeza de erradicar a trope inimiga para negar o poder do Reanimation Protocol. Eu deveria ter usado o estratagema "Solar Pulse" para negar o cover save dos Immortals, que teriam então sido erradicados no turno 1 e isso teria tido um impacto enorme na partida, potencialmente virando a vitória para o meu lado, pois foram exatamente esses Immortals quem mantiveram o controle do objetivo final, além de terem contribuído com seu poder de fogo a partida toda.
Jogo 2 - Necrons vs Raven Guard
Foi a vez de enfrentar os Marines do Guilherme, um belíssimo exército de capítulo de criação própria, com armaduras negras cheias de marcações de esquadrão e posto. O exército dele levou o troféu de pintura ao final do evento, o que me fez muito contente (eu votei nele).
Com a missão Relíquia e contra uma força primariamente de Primaris, esse jogo estava bastante a meu favor. Fiz o Deploy ao centro da mesa e avancei com minha horda de Warriors, que tomaram várias baixas do incessante fogo inimigo, mas sem riscos de perder modelos na Moral e retornando 50% das baixas pelo Reanimate Protocol, eu logo seria capaz de mudar a balança à meu favor.
Na terceira rodada os Destroyers entraram na mesa e começaram a erradicar uma unidade de marines por rodada, reduzindo drasticamente o dano na retaliação e impedindo que o fogo inimigo fizesse efeito. Após mais rodadas assim meu exército inteiro havia reanimado e o inimigo estava dizimado, sobrando um capitão e um apotecário na mesa ao final da partida.
MvP: Destroyers, seu poder de fogo com Heavy 3, S6, AP-3, dmg D3 é tudo o que uma força de infantaria de Primaris Marines não querem enfrentar.
Momento Memorável: Uma tropa de Intercessors que havia sofridamente escalado a colina e feito uma investida contra as forças Necron. Da unidade sobrara apenas um sargento, que estava engajado com os Destroyers, Warriors, o Cryptek e o Necron Lord, impedindo as forças de suporte de atirar nos inimigos. Em um ato heróico, o sargento abre um canal vox com o seu capitão – "Atire em minha posição! EM MINHA POSIÇÂO AGORA!!!" – O capitão ordenou que o bombardeio orbital fosse feito na posição do corajoso sargento, obliterando-o, mas causando muitos danos às forças Necron que o cercavam... (e liberando as tropas do combate, permitindo que os Hellblasters atirassem nas minhas unidades).
Lição aprendida: Nunca subjugue um opoente, ele pode tirar um clutch orbital bombardment para desengajar seu exército!
Jogo 3 - Necrons vs Astra Militarum
Era minha vez de jogar mais uma partida com o célebre Castello, jogador de muita fama e meu Nêmesis já que é através dele que minhas derrotas em torneios vem com frequência. Ele estava lá com uma forte lista IG, com poder de fogo suficiente para destruir (ou criar) uma pequena lua.
Novamente na mesa urbana, a missão era killpoints. A guarda imperial se posicionou no canto da mesa cerada de infantaria.
Eu trouxe meus Necrons em teleporte pelo flanco que me permitia maior potencial de uma investida de sucesso. Os destroyers abriram fogo contra o primeiro tanque, com eu e meu oponente gastando todo o arsenal de estratagemas para assegurar objetivos opostos. No final, venceu ele: de uma média de 11,8 wounds causadas segundo mathhammer, causei apenas 6, o que mantinha o tanque em plena operação. Em retaliação, foram necessários quatro tanques (sendo um deles o lendário comandante Pask) para erradicar os Destroyers.
Num movimento muito auspicioso, a infantaria da guarda fez uma investida contra as linhas Necrons com o intuito de se sacrificar para ganhar tempo: a aposta foi bem paga, dando aos tanques uma rodada inteira de tiro contra os Necrons antes mesmo de eles poderem começar seu fatídico avanço. Neste tempo os membros ensanguentados e assustados restantes da tropa de infantaria que recebera a primeira saraivada de tiros Gauss conseguiu recuar, negando-me um valioso ponto.
Sem o poder de fogo dos Destroyers ou Immortals, a tropa de Warriors partiu para cima dos tanques para tentar impedir retaliação ao cercar o veículo e negar todo o tiro oponente. Uma terceira tropa de guardsmen investiu contra os warriors numa tola tentativa de livrar o veículo: Foram vencidos em combate e mortos enquanto tentavam fugir do combate.
O jogo estava num tenso empate: Os Necrons, engajados com o tanque, não poderiam ser mais alvos e, a essa altura, estavam empatados: Começou uma corrida louca dos tanques restantes para tentar caçar as unidades restantes Necron que se escondiam atrás de ruínas.
O final foi uma vitória de 4x3 para a Guarda Imperial. E o desafio de vencer o Castello em um torneio continua!
MvP: Warriors (com suporte do Cryptek de Immortal Pride) que não apenas sobreviveram ao fogo imperial, mas mataram duas tropas de guardas no combate corpo a corpo e fecharam o tanque imperial, permitindo que os personagens ao fundo atacassem os sobreviventes à medida que eles corriam do combate.
Momento memorável: O avanço frenético dos tanques pela mesa, com ordens de avançar sem medo. Quem disse que os tanques da guarda imperial não tem mobilidade? Cruzaram a mesa em duas rodadas!
Conclusão
No final, as duas partidas que eu perdi foram por erros que poderiam ter sido evitados com uma coisa: Mais treino! Mesmo assim, fiquei feliz de ter perdido contra dois oponentes de muita qualidade – o Lucas Massa foi para a mesa final disputar o primeiro lugar, e o Castello havia sido derrotado pelo oponente dele – logo, minha disputa com o Castello era pela 3ª posição.
Foi um event muito bacana, com muita coisa do Hobby pra ver e curtir e todos os meus três jogos foram contra pessoas excelentes, verdadeiros campeões do Hobby, cada um de sua maneira. Ter participado de um evento assim, não tem preço.